Você já parou para pensar como a tecnologia tem evoluído para nos servir?
Recordo-me de estar numa fila conversando com uma senhora, situação corriqueira nada de mais, que estava indignada com a sua filha que reclamava de trocar as fraldas de seu neto:
– No meu tempo, a gente usava fralda de pano, trocava várias vezes ao dia, lavando na mão e deixando para secar. Agora é tudo descartável, compra, usa e joga fora. O mau dessa geração é não ter passado pelo que nós passamos.
Sabe, em partes é verdade. Como a maioria dessa geração não se sustenta através de esforço puramente braçal, não sabe, exatamente o que é ter que plantar para comer, senão, passa fome. Outra lembrança curiosa que me ocorreu agora, foi a pesquisa divulgada pelo Centro de Pesquisa de Laticínios dos Estados Unidos (Innovation Center of U.S. Dairy) em 2017 mostrando que mais de 16 milhões de americanos acreditam que o achocolatado sai pronto das vacas marrons.
Quem foi criado na roça deve rir muito desse “povo da cidade” que tem todo o conhecimento do mundo na palma da mão, só não usa.
Mas não é só o “povo da cidade” que está sendo afetado pela tecnologia não. O espaço rural também vem sendo diretamente afetado pelo maquinário inovador que, segundo dados divulgados pelo IBGE só em 2017 mais de um milhão e meio de trabalhadores rurais foram substituídos por maquinário agrícola.
A questão é grave à medida que, a migração rural do campo para a cidade sobrecarrega o mercado urbano que também passa por esta substituição de mão de obra humana por inteligência artificial. Yuval Noah Harari, professor da Universidade Hebraica de Jerusalém em seu artigo O Significado da Vida em um Mundo sem Trabalho publicado no The Gardian prevê o surgimento de uma nova classe de pessoas: a dos inúteis, isso porque não se tratam apenas de pessoas desempregadas, mas pessoas não empregáveis. Isso se deve ao fato não apenas da falta de emprego ou de educação de qualidade, mas à falta de energia mental.
Mas e aí, quem vai conseguir sobreviver nesse cenário?
Bem, o ser humano é dotado de várias habilidades, entre elas a capacidade cognitiva e a física. Assim, sabemos que, a habilidade física desempenhada pelo ser humano poderá ser (e aliás, já está sendo!) substituída pelo maquinário. Quanto a capacidade cognitiva, Carol Dwerk, autora do livro Mindset: A nova psicologia do sucesso discorre sobre o tema defendendo que há duas maneiras de encarar desafios, através do mindset fixo e do mindset de crescimento.
O mindset fixo é aquele que dispõe que as pessoas já nascem dotadas de certas habilidades, enquanto o mindset de crescimento traz o conceito de que é possível desenvolver habilidades e qualidades através de esforço. Não se trata de qualquer pessoa se tornar um Einstein só por querer sê-lo, mas que o alcance do potencial humano é, na verdade, desconhecido. Portanto é possível ser aperfeiçoado a partir de experiência e treino.
Para identificar qual das duas linhas seguir, basta compreender a maneira que o sujeito encara o fracasso: se o enxerga como uma adversidade e o resultado é internalizá-lo de maneira a ignorá-lo ou não seguir adiante, sentindo- incapaz, estamos diante de um mindset fixo. Enquanto, ao portador do mindset de crescimento o fracasso é uma oportunidade de aprendizagem e aperfeiçoamento. Este contratempo certamente trará uma lição.
Por isso, respondendo a pergunta, os sobreviventes deste cenário caótico são aqueles que têm a mente preparada para as adversidades de maneira a compreender que quem pode mudar o cenário são elas mesmas, tornando-se indispensáveis às empresas não apenas pelo know how (conhecimento específico do cargo) mas também pelo comportamento que adotam diante de um contratempo e a maneira que enxerga seu potencial de crescimento.
E este tipo de profissional não está tão distante assim.
Você já deve ter visto alguém que já cumpre os requisitos para se aposentar mas não se aposentou não é mesmo? Em contra partida a empresa também não tem interesse em aposentá-lo porque o conhecimento adquirido através da experiência daquele profissional, pelo tempo em que ocupa o cargo, tornou-se insubstituível!
Sabemos que essa questão da aposentadoria na velhice é polêmica, em partes porque a empresa não quer perder o know how do empregado, por outro lado, a geração anterior não tem a intenção de “ficar em casa sem fazer nada” e prefere continuar trabalhando.
Mas e você já parou para pensar como quer encerrar a sua carreira?
Existem diversas formas, mas sem dúvida, a nossa sugestão seria investindo em previdência. E não apenas pelo quesito velhice, mas também devemos analisar a seguridade que envolve o tema. Estamos tratando aqui do caso em que o profissional envelhece ativo, mas e se alguma doença lhe acomete, ou mais gravemente, adquire alguma incapacidade ao longo de suas atividades?
Por isso, seja encerrando a sua carreira em detrimento da velhice, ou recomeçando a vida após fatalidade, é importantíssimo que você pense na previdência como algo iminente, porque é assim! Uma hora você vai envelhecer, ou ainda, diariamente, está sujeito a acidentes.
Todos precisamos da previdência em algum momento da vida, e pode ter certeza que agora é o melhor momento para pensar nela.
Conte conosco na consultoria de sua aposentadoria.